5/06/2017
3:41h
Paulatinamente descrevemos
círculos oratórios.
As aves do meu coração tentando chegar-te
e bati-te à porta, -
“'não me ouves? não me atinges, atravessas, mostras,
o meu próprio sangue revirado das minhas próprias entranhas
que secretamente, solitariamente entrevejo."
o meu próprio sangue revirado das minhas próprias entranhas
que secretamente, solitariamente entrevejo."
as palavras ausentes
as palavras mais prementes
eu volto para casa sabendo me presa
e sozinha na (in)compreensão de mim
acho que são passeios e itinerários
que teci
rotas cuidadas,
desígnios cinzentos,
um caminho mas especulação
de molde de quatro pés ou uma só pegada,
(um Cristo carregando-me)
e achei-me vazia e transpiro anseios não
seculares
anseios de verdade, anseios de
sagrado
que me doem as pálpebras
na esteira de ontem, hoje e
amanhã
num promontório vão e quebrado
queria limpar os meus ossos
da ferrugem corrompida da
inocência trespassada nada-viva,
e a sofreguidão do instante,
outra vez, no sangue
eu queria galáxias humanas
atravessadas na minha solidão
eu chorei:
as palavras ausentes
as palavras mais prementes
(de todos os humanos que amei (ou
pensei senti querer amar)
Descreve-me, deita-me, lança-te
ao meu corpo como me lancei esquecida
e super-sensiente da espacialidade infinita do meu corpo(sobre o teu) a fundir-me
até apagar-te a memória, fundir-me até me
escreveres no sangue e na carne e no sagrado que sinto saudade sendo humana
eu não sei de onde vim mas sei
quanto choro
(eu não sei quanto Vi mas sei
quanto oro)
se me agarrasses e respirasses
como te expiro e inspiro na cadência do divino
a sapiência possível do corpo com a razão decepada,
todo o Amor rendido
todo o falso amor esmurrado
pela autenticidade de no mínimo um em dois.
Perdoa-me se Te digo que não estás lá e eu danço com um fantasma. Abre os olhos, pára-me no rosto (pára me no sagrado), respira-me outra vez, daquela vez, daquela vez…
não sabias de ti. nem eu de mim
a sapiência possível do corpo com a razão decepada,
todo o Amor rendido
todo o falso amor esmurrado
pela autenticidade de no mínimo um em dois.
Perdoa-me se Te digo que não estás lá e eu danço com um fantasma. Abre os olhos, pára-me no rosto (pára me no sagrado), respira-me outra vez, daquela vez, daquela vez…
não sabias de ti. nem eu de mim
MF
to TS
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